Futuro do trabalho: conheça 5 tendências do mercado
O futuro do trabalho promete ser cada vez mais dinâmico e desafiador para as empresas e os profissionais. Nos últimos anos, acompanhamos uma expansão tecnológica, que está cada dia mais presente na rotina profissional e pessoal.
O uso da inovação e da tecnologia nos processos do ambiente corporativo estão mais efetivos. Isso foi ainda mais perceptível após a pandemia de covid-19, que acelerou o “fluxo natural”, provocando transformações profundas e rápidas.
Por falar em pandemia, ela impactou as cadeias de suprimentos e desestabilizou diversas operações comerciais por todo o mundo. Da mesma forma, foi uma “prova de fogo” para que as organizações se tornarem mais resilientes e propensas à inovação. Junto a isso, obrigou os profissionais a adequarem os perfil e reformularem os currículos.
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Qual o cenário atual do mercado de trabalho?
Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a COVID-19 era caracterizada como uma pandemia. Com isso, o mundo todo foi impactado com mudanças, que exigiam uma adaptação rápida.
No ambiente corporativo, algumas tendências, que ainda pareciam bastante distantes, como o home office, foram rapidamente adotadas e tornaram-se parte do dia a dia de muitos trabalhadores.
De acordo com um artigo publicado pela Agência Brasil, o trabalho remoto estava crescendo lentamente desde 2016. Mas, o cenário foi remodelado em razão da pandemia e a tendência acelerou de forma brusca.
Anteriormente, as empresas podiam analisar a possibilidade de incluir novas tecnologias colaborativas, integrar os sistemas e adotar o formato de home office. Com a nova configuração da pandemia, as exceções passaram a ser a regra.
Agora, tudo indica que as transformações nos formatos de trabalho vieram para ficar. Nada será como antes e as empresas que demoram para compreender essa nova realidade, podem desaparecer do mercado.
Quais as expectativas com relação ao futuro do trabalho?
Diante de tantas transformações aceleradas, o que podemos esperar, portanto, do futuro do trabalho? Vale destacar, em especial, que as funções serão potencializadas e complementadas com as tecnologias. Softwares especializados e recursos de Inteligência Artificial estarão cada vez mais presentes no dia a dia corporativo.
De acordo com um estudo da McKinsey, a pandemia acelerou a aplicação de muitas tendências relacionadas ao trabalho remoto, e-commerces e automação. Aliás, conforme a pesquisa, essa aplicação aumentou em mais de 25% do que o originalmente estimado.
Junto a isso, conforme dados divulgados pela Forbes coletados por toda Europa, 87% dos profissionais não desejam mais trabalhar em um escritório no formato full-time. Além disso, cerca de 45% ainda afirmam que, se não fosse necessário, não pisariam em um escritório novamente.
Por fim, 71% preferem escolher entre trabalhar de qualquer lugar do que ganhar um aumento. Ou seja, nós estamos vivendo uma ascensão do trabalho híbrido e de modelos mais flexíveis, como o anywhere office.
Outro ponto essencial sobre as expectativas do futuro do trabalho está relacionado ao formato que os profissionais visualizam suas carreiras. De acordo com outro estudo da McKinsey, há uma busca cada vez maior por um propósito de trabalho.
Sendo assim, conforme identificou a Deloitte, as empresas do futuro precisam se preocupar em mesclar, de forma equilibrada e integrada, os esforços em tecnologia e no “fator humano”.
O futuro do trabalho no Brasil
Até então, falamos muito sobre as expectativas do futuro do trabalho diante de um cenário global. Mas, e quais as perspectivas para o futuro do trabalho no Brasil?
O contexto de outros países pode ser usado como base para a análise local, mas não deve ser considerada como a principal base de dados. Nosso país vive diante de um momento econômico bastante volátil, especialmente em virtude da alta da inflação em 2022.
O cenário relacionado ao trabalho remoto, por exemplo, já é bem consistente no país, mas ainda não é uma certeza. Apesar de ter crescido bastante durante os períodos de pico da pandemia, de acordo com uma matéria do Mercado & Consumo, o home office é uma realidade para poucos profissionais e está concentrado nas regiões mais urbanizadas.
Entre as principais tendências do mercado brasileiro está a ascensão da chamada “gig economy“. Na tradução, podemos entender como “economia do bico” – empregos informais, freelancer e de curto prazo.
Junto a isso, de acordo com dados da Universidade de Brasília divulgados pela FGV, 54% das vagas de trabalho no país ainda podem ser fechadas até 2026. O dado considera uma substituição quase completa de trabalhadores humanos por tecnologia, mas é importante considerar que as transformações tecnológicas irão reformular o cenário do emprego no Brasil.
De acordo com o estudo “O Futuro do Emprego no Brasil“, desenvolvido pelo Laboratório do Futuro em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, 60% dos trabalhos serão altamente impactados pela automação. É um índice certamente alto. No entanto, ele não é longe de países desenvolvidos, como no Canadá, onde a automação ameaça 42% da força de trabalho.
Quais as tendências para o trabalho nos próximos anos?
Como podemos observar, o ambiente corporativo está sendo impactado por diversas evoluções tecnológicas e pelas mudanças sociais. As tendências para os próximos anos, portanto, não estão resumidas apenas apenas às novas carreiras que podem surgir.
A forma de se trabalhar, bem como o perfil do profissional, também estão mudando e são os pontos centrais nas tendências para o trabalho nos próximos anos.
1. Ambientes remotos e home office produtivo
Podemos afirmar que o trabalho remoto é uma realidade para muitas empresas. Em algumas funções, os formatos de escritórios tradicionais estão dando lugar a espaços virtuais. Essa tendência está sendo mais comum entre atividades que exijam que os profissionais sejam mais criativos.
Os horários e ambientes flexíveis são atrativos para os melhores talentos disponíveis no mercado. Além disso, é mais barato para as empresas, pois elas não precisam arcar com os custos relacionados à estrutura física para manter as equipes.
Outro aspecto interessante da modalidade de trabalho remoto é a possibilidade de criar uma empresa onde as equipes atuam de forma remota, mas se unem se em escritórios virtuais.
O tom do futuro do trabalho está relacionado, portanto, à liberdade de escolher como, onde e em quais horários decidir trabalhar. Os ambientes poderão se adaptar às necessidades dos profissionais por meio do uso da tecnologia.
2. Capacidade de autogestão
A automação é uma realidade cada vez mais presente. Mas, mesmo com ela, são os recursos humanos os responsáveis pelas tomadas de decisões, interpretação de dados e gestão de processos. Ou seja, a autogestão será um diferencial nos ambientes de trabalho.
A tendência é que o desempenho dos colaboradores seja menos rígido e com mais autonomia para executar as demandas. Junto a isso, as estruturas baseadas na hierarquia tendem a desaparecer, cedendo espaço a uma gestão colaborativa.
Outra mudança está, portanto, nos feedbacks, que passarão a ser mais dinâmicos e em tempo real. Aliás, eles poderão acontecer, até mesmo por meio de aplicativos corporativos. Ou seja, os profissionais poderão controlar os desempenhos com liberdade, sem perder a responsabilidade.
3. Saúde e bem-estar
Os assuntos não são novos, mas ganharam mais destaque em razão da pandemia de Covid-19. De acordo com uma pesquisa do instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, 53% dos brasileiros afirmam que o bem-estar mental piorou um pouco ou muito nos últimos anos.
Aliado a isso, a preocupação com a saúde e o bem-estar entre os profissionais aumentou. Conforme estudo realizado pela consultoria McKinsey & Company com cerca de 7,5 mil pessoas de seis países, 79% dos entrevistados acreditam que o bem-estar é um aspecto importante, enquanto 42% o consideram como uma das maiores prioridades.
Sendo assim, o cuidado com a saúde mental dos colaboradores deve estar no planejamento das empresas desde já. Problemas como insônia, ansiedade, depressão e síndrome de burnout precisam ser uma preocupação.
Para isso, é importante o investimento em benefícios que estejam relacionados ao auxílio de cuidado com a saúde mental. Plataformas de terapia online ou convênios com profissionais desse ramo são uma excelente alternativa.
4. Trabalho com propósito
O trabalho com propósito é certamente uma das grandes tendências do futuro do trabalho. Ele está relacionado à felicidade no ambiente corporativo, engajamento dos colaboradores e retenção de talentos.
Para que o colaborador possa se sentir parte da organização, ele deve se identificar com o negócio, acreditar na missão e nos valores. Então, cabe à empresa proporcionar uma cultura e clima organizacional que despertem esse propósito
Ou seja, as empresas que desejam contratar os melhores profissionais do mercado devem considerar este aspecto na cultura empresarial. Um profissional que sente orgulho do seu trabalho, tem vontade de contribuir para o negócio crescer.
5. Adoção de Big Data
Uso da tecnologia de Big Data e a análise e utilização para inteligência de negócios é algo urgente para as empresas que têm o desejo de se manter competitivas no mercado. Aliás, companhias que ainda não utilizam os dados já estão perdendo espaço.
A análise de dados permite que as empresas conheçam, realmente, as necessidades dos consumidores e as oportunidades que surgem para o negócio. Da mesma forma, permite a antecipação de desafios e crises. Ou seja, permite que a empresa se prepare para essas situações.
Sendo assim, é de extrema importância entender que a tecnologia de Big Data é uma aliada. Ela auxilia na tomada de decisões inteligentes nos negócios do futuro.
Afinal, como empresas e profissionais podem se preparar para o futuro do trabalho?
Ciente das cinco principais tendências do futuro do trabalho, é importante que as empresas estruturem seus processos seguindo uma cultura de inovação.
Ou seja, o investimento em tecnologia deve ser um grande aspecto a ser considerado, visto que sistemas modernos vão capacitar sua empresa, seu time e seus processos, mas a inovação não envolve apenas implementação de novas tecnologias.
A gestão da inovação está relacionada com todo processo de capacitação dos colaboradores, adaptação de processos e de novas demandas.
Sendo assim, é preciso que a gestão da empresa atue incentivando líderes e demais colaboradores a evoluírem em suas funções. É preciso incentivar a adaptação às novas ferramentas, ao mercado e à concorrência nesse cenário.
Para isso, é importante o desenvolvimento de competências técnicas e socioemocionais, como:
- Inteligência emocional: capacidade de se colocar no lugar do outro, agindo de forma empática e dominando os próprios sentimentos;
- Pensamento crítico: uso da racionalidade para a resolução de problemas. O desenvolvimento do pensamento crítico pode acontecer por meio de exercícios que estimulem a lógica, como sudoku e palavras-cruzadas. Além disso, questionar e pesquisar sobre diferentes assuntos, bem como buscar antes de entender o problema, compreender o cenário;
- Pensamento analítico: atrelado ao pensamento crítico, o pensamento analítico é necessário para o futuro do trabalho. Os profissionais precisam entender como funciona o raciocínio baseado em dados, além de dominarem ferramentas que proporcionam essas análises;
- Colaboração virtual: engajamento e produtividade são aspectos essenciais tanto para o presente quanto para o futuro do trabalho. Então, é importante a familiarização com ferramentas tecnológicas e plataformas digitais para o andamento do seu trabalho.
O futuro do trabalho está nas pessoas
Compreender as tendências do futuro do trabalho e os impactos às empresas é mais importante do que parece. Ao fazer isso, é possível compreender os aspectos do mercado de amanhã e garantir que, hoje, a empresa já esteja preparada.
O futuro do trabalho está nas pessoas e na forma como a tecnologia será utilizada a nosso favor, potencializando o nosso capital humano. É importante aproveitar o momento para refletir sobre até que ponto a empresa está preparada para o amanhã.
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Por: Emili Nitske.